10 Nov Procrastinação: O tempo que desperdiçamos…

Quantas vezes já adiou aquela tarefa particularmente desafiante e se convenceu de que não teve tempo para ela? E em quantos dias é que esse paradigma já se repetiu, exatamente com a mesma tarefa, ou com outras que exigiam um bocadinho mais de si?

Embora, em algumas circunstâncias, atrasar uma tarefa, problema complexo e/ou tomada de decisão possa ser benéfico, oferecendo-nos o tempo extra para recolher outras informações, contactar outras pessoas e/ou para refletirmos de forma mais ponderada sobre o assunto, noutras circunstâncias, esse atraso não é estratégico, mas desnecessário e prejudicial.

A procrastinação conhece-se como o evitamento ou adiamento de uma tarefa e/ou tomada de decisão, ainda que se reconheçam as consequências que resultam desse atraso e o sofrimento pessoal que a ele se associa.

Normalmente, a procrastinação associa-se:

• Ao acumular de tarefas;
• A menor produtividade;
• A sentimentos de culpa, ansiedade, vergonha, sensação de fracasso e arrependimento por não cumprir com as responsabilidades.
• Nos casos em que se torna um hábito, pode ainda associar-se a um prejuízo no desempenho geral da pessoa e nas suas relações sociais.

Todos sofremos um pouco com moderada procrastinação, contudo, esta torna-se um problema quando interfere com o funcionamento normal da vida. Nessas circunstâncias, a procrastinação pode ser indicativa de problemas psicológicos e pode ser necessário um trabalho mais profundo com um profissional para chegar aos motivos que sustentam a mesma.

A procrastinação geralmente é mantida por uma empobrecida autorregulação de pensamentos, emoções e comportamentos. Especificamente, as pessoas que procrastinam tendem a interpretar a situação/problema/decisão que adiam com um certo nível de desconforto ou com medo de fracassar na realização da mesma, logo, a ação/comportamento de procrastinar surge como forma de evitar avaliações negativas sobre o seu próprio desempenho.

Um psicólogo pode ajudá-lo a compreender melhor os seus padrões desadaptativos, a desconstruir certos pensamentos e fornecer-lhe estratégias para lidar com estas inseguranças e retomar controlo sobre a sua vida. Não desperdice mais tempo, invista-o no seu bem-estar!

Um psicólogo pode ajudar!

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Dra. Vânia Ferreira

Psicóloga Clínica e da Saúde | Heurística – Centro de Intervenção e Apoio Pedagógico e Psicológico