Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção na Adultez

Nos últimos anos, o reconhecimento da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) nas crianças e adolescentes tem aumentado de forma significativa e, consequentemente, também a mobilização dos diferentes profissionais de saúde nesse sentido se tem feito notar. No entanto, pouco se fala sobre o impacto desta perturbação na idade adulta.

É sabido que, dos três grandes desafios desta perturbação – hiperatividade, défice de atenção e impulsividade – a hiperatividade é que aquele que, com o passar do tempo, a par com o crescimento, diminui naturalmente. Contudo, essencialmente o défice de atenção e a impulsividade tendem a persistir na idade adulta e, na grande maioria dos casos, a interferir com o bom funcionamento emocional e social dos indivíduos e, por isso, nas suas relações interpessoais e desempenho profissional. Desta forma, esta perturbação pode muitas vezes vir acompanhada por abuso de substâncias, perturbações de ansiedade, depressão e/ou outras perturbações que podem dificultar o diagnóstico de PHDA em adultos.

Mas então, que sinais e sintomas se associam à Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção na idade adulta? Indivíduos com sinais/sintomas mais relacionados com impulsividade/hiperatividade tendem a queixar-se de:

· Inquietação motora (ex: tamborilar permanentemente com os dedos, bater os pés, tremer as pernas, agitar-se no lugar);

· Maior impulsividade na linguagem;

· Impaciência;

· Dificuldades em esperar pela sua vez;

· Interromper os outros em conversas;

· Pouca ponderação antes da ação;

Já no que diz respeito a dificuldades ao nível da atenção, os principais sinais/sintomas tendem a ser:

· Desorganização e perda de coisas;

· Esquecimento;

· Distração e aborrecimento fácil;

· Dificuldades na gestão do tempo e pontualidade;

· Dificuldades na conclusão de tarefas;

· Dificuldades no planeamento, organização e estabelecimento de prioridades;

· Dificuldades na tomada de decisões;

Diferente do que acontece nas crianças, as dificuldades ao nível da impulsividade/hiperatividade em adultos tendem a refletir-se numa atividade mental incessante e

numa incapacidade de realizar tarefas mais calmas e serenas. Desta forma, o diagnóstico fica mais dependente da consciência e expressão do próprio acerca dos seus sintomas, do que de uma observação feita por terceiros. No entanto, queixas comuns de parceiros de pessoas que padecem de PHDA tendem a ser:

· Irritabilidade fácil;

· Mudanças repentinas de humor;

· Falta de responsabilidade;

 

Neste seguimento, compreende-se a necessidade de alertar para os sinais/sintomas desta perturbação na idade adulta, aumentando a probabilidade de procura de ajuda profissional e diagnóstico da mesma. O tratamento adequado pode traduzir-se numa melhoria drástica na qualidade de vida de quem padece de PHDA e daqueles que lhe são próximos.

 

Revê-se em algum destes sintomas? Um psicólogo pode ajudar!

 

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Psicologia Clínica e da Saúde | Heurística – Centro de Intervenção e Apoio Pedagógico e Psicológico